Internauta fotografa Baía da Guanabara, no Rio, repleta de lixo

Governo informou que possui ações para reduzir poluição na baía até 2016.
Projeto faz parte dos compromissos assumidos para as Olimpíadas.

Leitor registrou detritos na Baía de Guanabara no sábado (20). (Foto: Cristiano Trad/VC no G1)

Leitor registrou detritos na Baía de Guanabara no sábado (20). (Foto: Cristiano Trad/VC no G1)

Cristiano Trad Soares de Nazaré
Internauta, Rio de Janeiro, RJ

“Muito lixo, preservativo, tampinha de garrafa, sacos plásticos, vidros de remédio e até uma boneca. Era muita sujeira mesmo.” Esta é a descrição que o fotógrafo Cristiano Trad Soares de Nazaré faz da Baía de Guanabara, fotografada por ele na tarde de sábado (20), próximo à enseada de Botafogo, Zona Sul do Rio de Janeiro.

“Eu sempre venho ao Rio e passo por aquela região, mas nunca vi aquele lugar como estava no sábado. Achei absurdo, a margem estava imunda”, diz o internauta, que é de Belo Horizonte (MG).

Nota da Redação: a Secretaria de Estado do Ambiente do Rio de Janeiro informou que conta com “ações para a recuperação ambiental da Baía de Guanabara”. O plano reúne 12 ações do Governo do Estado para o saneamento de 80% do esgoto despejado na baía até 2016, e “faz parte dos compromissos olímpicos assumidos pelo Governo do Estado com o Comitê Olímpico Internacional (COI) para a realização das Olimpíadas do Rio”.

Projeto Ecobarreiras, que recolhe resíduos sólidos das águas, está em fase de expansão, segundo Inea. (Foto: Cristiano Trad/VC no G1)

Projeto Ecobarreiras, que recolhe resíduos sólidos
das águas, está em fase de expansão, segundo
Inea. (Foto: Cristiano Trad/VC no G1)

A secretaria esclarece que a principal iniciativa de saneamento do Plano Guanabara Limpa é o Programa de Saneamento dos Municípios do Entorno da Baía de Guanabara (Psam), que “prevê a aplicação, até 2016, de R$ 1,3 bilhão em obras de esgotamento sanitário e em projetos de saneamento nos 15 municípios do entorno da Baía de Guanabara”.

“O Psam é apoiado e financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que concedeu empréstimo ao Governo do Estado de US$ 452 milhões. A contrapartida do governo são R$ 330 milhões, do Fundo Estadual de Conservação Ambiental e Desenvolvimento Urbano (Fecam).”

Sobre o lixo flutuante na baía, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) informou que coordena o projeto Ecobarreiras, que tem o objetivo de “reter resíduos sólidos” despejados na água com “estruturas feitas a partir de materiais reciclados, como garrafas PET, instaladas próximas à foz de rios”.

Segundo a assessoria de imprensa do Inea, as primeiras barreiras foram implantadas em 2007, sendo que das 14 já instaladas até agora, “11 encontram-se em rios e canais que deságuam na Baía de Guanabara e que fazem parte do Plano Guanabara Limpa”. “Nas ecobarreiras são coletadas, em média, 370 toneladas de lixo por mês e, aproximadamente, dez toneladas de resíduos recicláveis”, diz o instituto.

Ainda de acordo com sua assessoria, o Ecobarreiras está em fase de expansão, e até as Olimpíadas de 2016 a previsão é que o número de estruturas instaladas no entorno da baía chegue a 16, dependendo de recursos de compensação ambiental e do Fecam.

22/07/2013 15h13
VC no G1 RJ


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Turistas jogam latas, garrafas e até fralda descartável nas praias do Piauí

O G1 visitou algumas praias em Parnaíba e Luís Correia e constatou sujeira.
Nem mesmo a área de desova das tartarugas marinhas é respeitada.

Embalagem de ovos de codorna, sacolas plásticas podem ser vistos pela praia (Foto: Patrícia Andrade/G1)

Embalagem de ovos de codorna, sacolas plásticas podem ser vistos pela praia (Foto: Patrícia Andrade/G1)

Patrícia Andrade
Do G1 PI, em Luís Correia

Apesar do Litoral do Piauí não ter nenhuma praia considerada pelos órgãos de fiscalização ambiental e sanitária imprópria para o banho, algumas delas se mostram bastante sujas e não causam boa impressão para quem visita o local. O G1 visitou algumas dessas praias em Parnaíba e Luís Correia e registrou imagens que mostram a falta de respeito com o meio ambiente.

Na Praia Pedra do Sal, em Parnaíba, não é difícil fazer uma caminhada pela areia sem encontrar garrafas pet, sacolas plásticas, latinha de bebida e embalagens de ovo de codorna. Entre as pedras foi possível ver garrafas de vinho e espumante e até mesmo fraldas descartáveis.

“Eu coloco cestos de lixo pela barraca, mas não dá. Acabam sujando. Fazemos diariamente uma limpeza na área das barracas, mas não é suficiente. Falta educação mesmo”, reclamou o comerciante Francisco Eloe, que há 20 anos tem barraca na Praia Pedra do Sal.

O péssimo exemplo também foi verificado na Praia do Arrombado, em Luís Correia. Na área destinada ao estacionamento dos veículos foi possível ver bastante lixo e até mesmo urubus, que foram atraídos pelo mau cheiro. A praia é vista como uma das mais belas pela sua tranquilidade e o mar é propício para a prática do kitesurf.

Mau exemplo dos turistas sujões se estende para a Praia Peito de Moça em Luís Correia (Foto: Patrícia Andrade/G1)

Mau exemplo dos turistas sujões se estende para a Praia Peito de Moça em Luís Correia (Foto: Patrícia Andrade/G1)

Ainda na cidade de Luís Correia, a Praia Peito de Moça também sofre com a falta de respeito dos seus frequentadores. Mesmo que em pontos isolados é fácil ver plástico, vidro e latinhas. Nem mesmo a presença de placas sinalizando que o local é destinado a desova das tartarugas marinhas intimida os ‘sujões’.

“É lamentável ver que tem gente que pratica esse tipo de ação na praia. A natureza nos proporciona tantas belezas e saber que há quem não se preocupe em manter isso limpo é realmente triste”, lamentou a gerente comercial Anísia Andrade, turista do Tocantins que estava na Praia do Arrombado.

O Projeto Tartarugas do Delta, que monitora a reprodução da espécie no Litoral do Piauí, faz um trabalho de educação ambiental alertando para o perigo da ingestão do lixo pelos animais. De acordo com a bióloga Werlanne Magalhães diz que alguns estudos sugerem que a ingestão de lixo obstrui a passagem de alimento pelo trato digestório e isso resulta na petrificação das fezes do animal provocando a sua morte.

Nessa terça feira (23), um grupo de voluntários organizou um mutirão para limpar a Praia de Barra Grande, localizada em Cajueiro da Praia. Durante a ação foram recolhidos mais de 30 sacos com material que foi descartado ao longo de dois quilômetros da praia.

Em março deste ano, uma ação voluntária do Projeto Tartarugas do Delta que contou com a parceria de moradores e estudantes, recolheu mais de 200 quilos de lixo de algumas praias. O plástico, vidro e latas recolhidas foram destinados às associações que trabalham com reciclagem.

26/07/2013 08h15 – Atualizado em 26/07/2013 13h53
G1 PI

Festival alia cultura e preservação do meio ambiente em Algodoal, PA

1º Fest Algodoal começa neste sábado, 27, e segue até domingo, 28.
Programação inclui disputas esportivas e concurso de beleza.

Vista aérea da Praia da Princesa, em Algodoal (Foto: Henrique Felício/O Liberal)

Vista aérea da Praia da Princesa, em Algodoal (Foto: Henrique Felício/O Liberal)

Do G1 PA

Começa neste sábado (27) o 1º Fest Algodoal, que segue até domingo (28) na praia da Caixa D’água, na Ilha de Algodoal, que integra a Área de Proteção Ambiental (APA) Algodoal-Maiandeua, no município de Maracanã, nordeste do Pará. A programação inclui atividades de esporte e lazer, como torneios e concursos de beleza. As inscrições poderão ser feitas no local.

Serão realizadas competições de vôlei, futebol, basquete e capoeira, além de queimada e concursos de miss, mister e miss gay da APA, com distribuição de troféus e brindes. No festival também acontecerá o concurso de pipa ecológica, que premiará a mais criativa pipa confeccionada com material reciclável e a partir de temática ambiental. O objetivo da programação é integrar o turista à comunidade e incentivar o lazer consciente.

Marcelo Souza, educador físico e idealizador do projeto, disse que o esporte contribui para a educação, o aumento da auto estima, senso de coletividade e cooperação, bem como para a socialização familiar. “Penso que o esporte tem a função de integrar. Há milênios ocupa lugar de destaque na sociedade, conseguindo juntar povos e nações. Por acreditarmos na força do esporte estamos unidos neste novo desafio”, afirmou.

Meio ambiente
O projeto “Lazer Consciente”, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente (Sema) na ilha desde o último dia 18 de julho, se junta ao Fest Algodoal com o objetivo de despertar e estimular nos habitantes da ilha e entre os turistas o hábito saudável da prática de esportes, e ainda oferecer mais uma opção de lazer, recreação e cultura no veraneio.

Agentes ambientais da APA conversam com os visitantes e distribuem folders e cartilhas educativas, visando conscientizar o turista a guardar o lixo (principalmente embalagens de produtos consumidos) e trocar por brindes. Garrafas PET e de vidro, latas e outros materiais recicláveis, que poluiriam a ilha, são trocados por garrafas ecológicas squeeze, passeios e outros brindes. A conscientização também está sendo feita com donos de bares, pousadas e restaurantes.

A Sema também apoia a ação do Grupo Bicho D’água, do Museu Paraense Emílio Goeldi, patrocinado pela Petrobras, na colocação de placas de sinalização turística, para melhorar a infraestrutura de apoio aos visitantes, divulgar os pontos turísticos e fornecer informações sobre a fauna local.

Adriana Maués, gerente da APA, informou que o projeto Lazer Consciente é realizado desde 2008, para conscientizar os turistas sobre a Área de Proteção Ambiental, onde é preciso estar atento à conservação da natureza. “O visitante já tem que ir com uma percepção de comportamento diferenciado, uma consciência ambiental maior, pensando em se divertir, mas sem destruir os ecossistemas da ilha”, ressaltou.

O local também é área de desova para tartarugas marinhas e habitat de botos e outros animais marinhos, por isso é importante que o visitante não jogue lixo no chão, principalmente pontas de cigarro, anéis de latas de alumínio e outros objetos, cuja ingestão é a principal causa de morte das tartarugas.

25/07/2013 19h25
G1 PA

Mutirão recolhe plástico, vidros e até dentadura na Praia de Barra Grande

Voluntários percorreram 2 km e recolheram mais de 30 sacos de lixo.
Ação teve início às 6h desta terça-feira (23) e encerrou às 9h.

Voluntários percorreram dois quilômetros recolhendo lixo espalhado pela praia (Foto: Juliana Nogueira)

Voluntários percorreram dois quilômetros recolhendo lixo espalhado pela praia (Foto: Juliana Nogueira)

Patrícia Andrade
Do G1 PI

Incomodados com a sujeira, um grupo de moradores da Praia de Barra Grande na cidade de Cajueiro da Praia, Litoral do Piauí, organizaram um mutirão de limpeza nesta terça-feira (23). A ação teve início às 6h e recolheu mais de 30 sacos de lixo em uma extensão de dois quilômetros. Garrafas pet, frascos de remédios, restos de rede de pesca, absorventes e até uma dentadura foram recolhidos durante o mutirão.

Um dos pontos mais críticos foi identificado no mangue onde passa o Rio Camurupim. Lá os voluntários encontraram um número maior de materiais que foram descartados pelos frequentadores da praia. Próximo a uma barraca que recebeu um grupo de turistas no último fim de semana foram encontradas fezes.

“Diante disso a gente percebe que faltam banheiros e as pessoas acabam fazendo isso na praia. A coleta de lixo é ineficaz e já aconteceu de eu ver lixo pelas ruas por uma semana. A população da praia está crescendo, mas a coleta não tem acompanhado essa demanda”, disse o artesão Bob Jones, que mora há quatro anos na praia e foi um dos voluntários no mutirão.

A turismóloga paulista Marcella Aizza, que também participou da ação, disse que a iniciativa foi incrível e mostrou a preocupação dos moradores da praia em manter o local limpo. “Espero que essa ação consiga ser ampliada para que outras pessoas também colaborem”, disse.

O grupo usou as redes sociais para convidar voluntários a participar do mutirão. A Prefeitura de Cajueiro da Praia colaborou cedendo uma carroça para recolher os sacos de lixo.

Garrafas pet foram encontradas ao longo de toda a Praia de Barra Grande no Piauí (Foto: Juliana Nogueira)

Garrafas pet foram encontradas ao longo de toda a Praia de Barra Grande no Piauí (Foto: Juliana Nogueira)

O empresário Wellington Marinho participou da ação doando sacos, mas também recolhendo o lixo pela praia. “É uma iniciativa bastante válida, mas seria melhor fazer um trabalho de educação ambiental juntos aos moradores, barraqueiros e turistas para que não fosse necessário esse mutirão”, disse.

Na Praia de Barra Grande a atividade turística gira em torno de três eixos: passeio da trilha do cavalo-marinho; lazer de sol e praia e a prática esportiva de kite surf. Pousadas, bares e restaurantes com arquitetura rústica, porém sofisticada, têm se integrado aos poucos ao cenário paradisíaco de Barra Grande.

“Estamos aqui não somente para contribuir com o turismo, ganhar dinheiro e sair todo mundo feliz, estamos aqui por que decidimos torná-la nossa casa, e como nossa casa devemos cuidar e proteger”, disse a massagista Ana Paula Torres, que criou o evento em uma rede social e também participou do mutirão.

A Barratur Cavalo Marinho, que é uma Associação de Condutores de Turismo de Barra Grande, também colaborou com a ação voluntária. Todo o lixo recolhido será levado para um aterro sanitário.
O grupo de voluntários pede aos turistas que pretendem visitar Barra Grande nos próximos dias que recolham o seu lixo e procurem depositar em um local adequado.

23/07/2013 10h19 – Atualizado em 23/07/2013 11h11
G1 PI

Tweet do dia – Daniel Salgueiro