Fiscais encontram dificuldades para autuar quem joga lixo nas praias
Comlurb promete aumentar o contingente e ajustar estratégias

Sujeira. Lixo deixado por banhistas na areia de Ipanema Paula Giolito / Paula Giolito
LÍVIA NEDER
Publicado: 17/10/13 – 5h00
RIO – Domingo de sol, praias lotadas. É hora de os fiscais do programa Lixo Zero, da prefeitura, entrarem em cena. Entretanto, diferentemente das ações realizadas pelos bairros e nos calçadões, coibir quem joga lixo nas areias não tem sido uma tarefa simples. Um balanço com o número de multas aplicadas desde que o programa começou na Zona Sul, há um mês e meio, reflete essa dificuldade. Das 2.846 multas, apenas 145 foram na orla.
Ao flagrar uma banhista jogar uma guimba de cigarro no calçadão de Ipanema, o fiscal da Comlurb Marcos Henrique da Silva precisou aguardar cerca de 20 minutos para aplicar a multa. A banhista entrou no banheiro do Posto 9 e demorou a sair. Quando enfim foi abordada, fugiu correndo pela areia.
— Precisamos ver o cidadão cometer a infração para poder multar. No caso do cigarro, acaba sendo mais fácil flagrar. Já na areia, temos dificuldade de multar quem deixa o lixo porque só podemos provar se estivermos vendo na hora que a pessoa levanta e deixa o lixo para trás — declarou.
Ciente das dificuldades da aplicação da lei na areia, o presidente da Comlurb, Vicente Roriz, afirma que ajustes estão sendo feitos e que vai aumentar o contingente de homens e e o número de lixeiras na orla:
— Temos que repensar o modelo para os agentes ficarem mais estimulados. Vamos adquirir mais uniformes de praia e deslocar mais homens para as areias. Mais do que fiscalizar, queremos que a praia fique limpa no final do dia. Para isso, estamos com uma parceria com os barraqueiros, que vão nos ajudar na conscientização.
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